O governo vai preparar ao longo do segundo semestre uma proposta de reforma administrativa do funcionalismo. O trabalho vai levar em conta algumas ideias que já vinham sendo analisadas no governo Michel Temer para tentar melhorar a produtividade dos servidores públicos e reduzir os custos fiscais da folha de pagamentos da União, mas pretende ter propostas próprias.

A intenção é formatar um projeto até o fim do ano para que ele possa ser levado para ser discutido no Congresso já no início do exercício legislativo de 2020. Há quem aponte que um projeto poderia ser enviado ainda nesse segundo semestre, enquanto há quem descarte completamente essa hipótese.

Um dos objetivos que já está mapeado no trabalho em curso, que ainda está em fase inicial, é elevar a distância entre salários de entrada e de fim de carreira dos servidores, principalmente pela redução dos ganhos iniciais.

O outro é promover uma significativa redução no número de carreiras do Poder Executivo, diminuindo a pulverização de cargos e situações de redundância entre órgãos do próprio governo. Uma das ideias, nesse segundo objetivo, é aproximar do modelo vigente no Legislativo e no Judiciário, que trabalham com poucas carreiras, em geral separando as categorias em nível superior e médio.

No caso da ampliação da distância entre salários iniciais e finais, o principal objetivo é estimular o servidor a buscar mais capacitação, a ser mais produtivo e almejar alcançar funções gerenciais. “Hoje um funcionário chega ao salário de fim da carreira de forma quase inercial e precisa ter uma alternativa a isso”, disse uma fonte.

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